quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Comités de Desenvolvimento de Aldeias garantem Prestação de Contas e Inclusão



Com o apoio da Fundação MASC, a Fundação Aga Khan está a desenvolver um projecto que consiste na criação de Comités de Desenvolvimento de Aldeias (CDAs) e seu apoio no reforço da capacidade interna, na prática de prestação de contas, no estabelecimento de ligações sustentáveis com o governo local e participação em auditorias sociais dos serviços públicos.


Neste contexto, os CDAs de Malinde, Nabadje, 1º de Maio, Chinda e Ntothe no distrito de Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, realizaram Auditorias Sociais que contaram com a participação de um total de 1929 pessoas, das quais 816 mulheres e 1113 homens, o equivalente a 42% da representação feminina.

Por meio desta auditoria social, os Comités  partilharam informações e prestaram contas à comunidade sobre as diferentes actividades realizadas. Por exemplo, o CDA de Nabadje  demonstrou o processo de aquisição de 4 motores para barcos pelo financiamento do Instituto de Desenvoilvimento de Pesca de Pequena Escala (IDPPE). A Aldeia de Malinde prestou informação do processo de construção da sede do Comité Comunitário de Pesca (CCP) e  o CDA de 1º de Maio partilhou informação de um projecto financiado para a construção do sistema de abastecimento de água e aquisição do material para a construção da sede do Conselho Consultivo da Aldeia que, neste momento, se encontra erguida na totalidade. 

O registos dos encontros de coordenação mensais dos CDAs comprovam haver maior inclusão das mulheres e jovens em cargos de gestão e encontros de planificação comunitária. De outro lado, as actividades de sensibilização realizadas pelos pontos focais de assuntos de género dos CDAs contribuiram para o maior empoderamento da mulher na vida social e económica, facto comprovado pela existência de mais associações de mulheres; implementação de negócios por mulheres; participação da mulher em sessões de alfabetização e educação de adultos. Regista-se ainda um maior envolvimento e interacção das mulheres e jovens no processo de tomada de decisão nas questões-chave para o desenvolvimento das aldeias.

Segundo reportam os CDAs, as comunidades locais asseguraram que as Auditorias Sociais contribuam para o fortalecimento da governação, participação e engajamento que permite manter o sistema de prestação de contas que garante a transparência dos grupos junto das suas comunidades. Refira-se que as auditorias sociais continuam a decorrer até Dezembro de 2017.

Fundação MASC capacita 40 organizações em Monitoria e Avaliação e Gestão Financeira



A Fundação MASC realizou, de 13 a 24 de Novembro, acções de capacitação em Monitoria e Avaliação e em Gestão Financeira que beneficiaram organizações parceiras. As sessões de capacitação que abrangeram perto de 100 membros integrantes de 40 organizações oriundas de todo o País, tiveram lugar nas províncias de Maputo, Beira, Nampula e Niassa.

Na componente de Monitoria e Avaliação, os beneficiários revisitaram metodologias e instrumentos de monitoria e avaliação tais como o quadro lógico, o plano de monitoria e técnicas de mapeamento das mudanças alcançadas (outcome mapping) tais como o desenho dos marcos de progresso, o diário de mudanças e o diário de estratégias para a monitoria de mudanças em atitudes e comportamentos em programas de governação. As organizações revisitaram ainda os instrumentos de monitoria e avaliação adoptadas pela Fundação MASC, com o objectivo de padronizar os procedimentos de reportagem e partilha de informação e resultados.

Na componente Financeira, as organizações abordaram o sistema de gestão financeira e seus objectivos em todos os seus aspectos relevantes nomeadamente o orçamento, procedimentos de controlo orçamental, gestão de caixa, bancos, pagamentos, Procurement, impostos entre outros.
Estas formações fecham um ciclo de preparação para as intervenções em advocacia nas áreas de Saúde, Agua e Saneamento, Infraestruturas e Inovação, a serem realizadas pelas organizações da sociedade civil em todo o País.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Fundação MASC forma organizações em finanças básicas



A Fundação MASC capacitou, recentemente, organizações da sociedade civil co-requerentes dos parceiros da União Europeia (UE) a melhorar os seus sistemas e procedimentos financeiros. A formação, que decorreu em Maputo de 20 a 22 do mês corrente, reuniu 19 técnicos da área administrativa e financeira e coordenadores das diferentes organizações, dos quais onze mulheres e oito homens.

Esta acção visa, entre outros objectivos, fortalecer as competências, das organizações, no desenho do sistema administrativo e financeiro; potenciar suas habilidades na elaboração e gestão de orçamentos; consolidar suas competências na elaboração de registos contabilísticos bem como criar uma consciência de gestão financeira alinhada às melhores práticas aceitáveis.

No decurso da formação, as organizações aprenderam os procedimentos para a elaboração de manual administrativo e financeiro; relatórios financeiros; diários e reconciliações bancárias e outras temáticas relevantes no campo financeiro. Para uma melhor apropriação destas matérias, os formandos, com o apoio da Fundação MASC, realizaram trabalhos individuais e em grupo bem como procederam as respetivas apresentações em plenária, o que permitiu um debate alargado e troca de experiências entre as organizações.

Segundo os participantes,  a formação foi-lhes muito útil e relevante e asseguram que  o aprendizado vai melhorar o desempenho financeiro das suas organizações. Por outro lado, estes louvam a iniciativa e recomendam que mais formações desta natureza sejam proporcionadas em outras ocasiões.

Esta capacitação enquadra-se no âmbito da assistência técnica prestada pela Fundação MASC à UE, cujo objectivo geral é de aumentar a consciência nas temáticas promovidas pelos convites à apresentação de propostas e de assistir aos beneficiários das subvenções dos instrumentos temáticos da UE  na implementação dos seus projectos.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Fundação MASC capacita organizações para melhorar projectos

Capacitação da Fundação MASC nas ProvínciasA Fundação MASC está a desenvolver acções de capacitação para organizações pré-seleccionadas na chamada de propostas para fundos, lançada no passado mês de Junho. As acções de capacitação tiveram lugar nas províncias de Maputo, Manica, Tete, Nampula e Niassa e tem como objectivo ajudar as organizações a melhorarem a qualidade dos seus projectos.

A capacitação incluia temas relevantes para a elaboração e gestão de projectos, processos de advocacia e funcionamento do Estado. Os temas da formação incluiam as ferramentas de identificação e selecção dos problemas, tendo como base o diagrama da árvore de problemas e soluções, as ferramentas de monitoria e avaliação, que incluem o estudo de base e a análise política e económica, teoria de mudança e quadro lógico. As organizações abordaram também estratégias e plano de advocacia, normas de funcionamento do Estado, matriz de risco e matriz de alinhamento, influência e interesse, e uma introdução para a elaboração do orçamento, bem como estratégias de sustentabilidade para as organizações da sociedade civil.

As organizações capacitadas vão actuar nas áreas de saúde, água e saneamento, inovação e na Monitoria e advocacia em prol da melhoria da qualidade das infra-estruturas públicas. As propostas para a área de inovação incluem a criação e consolidação de novas formas, ferramentas e canais tecnológicos de monitoria e advocacia em relação ao acesso e qualidade dos serviços públicos.

As organizações que participaram da capacitação julgam que a formação foi útil e vai ajudar no processo de elaboração dos seus projectos finais. Referiram ainda que a nova abordagem da Fundação MASC de incentivar o trabalho em consórcios vai contribuir para criar sinergias com resultados concretos que resultarão da actuação conjunta.

A seguir apresentamos algumas das reacções das organizações da sociedade civil que participaram da capacitação:

 Silveiro Mahia (ASSODELI): “Foi muito boa a formação. Este contacto com o parceiro para nos capacitar antes da aprovação final do projecto foi muito bom”.
Lucas André (Associação Terra amiga): “Foi uma boa lição e vai facilitar a interpretação do trabalho no terreno”.
João Pedro (ADBG): “A fusão que o MASC proporcionou com a estratégia de trabalho em consórcios é muito boa. Nós as OSCs temos tido dificuldades para liderar processos em rede.  Aqui pudemos ver que é possivel unir esforços entre organizações e trabalhar em conjunto”.
Jaime Manuel Pinto  (Rádio Comunitária Quelimane FM): “Quando desenhamos o projecto não conseguimos satisfazer as exigências, mas a Fundação MASC conseguiu ver nosso potencial e destinou-nos uma capacitação para fechar as lacunas do nosso projecto. Agora estamos munidos de conhecimentos sólidos para avançarmos com projectos mais consolidados”.
Amilton Renesto Souzinho (Tiwassamale Atenda/RAmbog): “Inicialmente pensávamos que seria uma formação teórica como muitas que já recebemos, mas depois  percebemos que é o conhecimento que tanto procuramos para melhorar as vidas das nossas OCBs”.
Maria Cussaia (RAMBOG): “Mais uma vez o MASC nos surpreendeu. Todo conhecimento que temos até hoje sobre monitoria e advocacia da governação, obtivemos a partir do MASC. Esta última formação veio trazer ferramentas que necessitávamos para dar andamento aos conhecimentos inicialmente adquiridos”.

João Puzuado (Kubecera):  “Não percebíamos porque razão nunca eramos aprovados em várias chamadas de propostas. Hoje descobrimos que não sabemos desenhar propostas, nem problemas conseguimos identificar. Mas com esta capacitação, descobrimos a nossa maior fragilidade e acreditamos que as próximas propostas serão elaboradas com lógica.” 

Inscreva-se! fique ligado!

powered by TinyLetter

Propriedade: Fundação MASC