A Fundação MASC
está a desenvolver acções de capacitação para organizações pré-seleccionadas na
chamada de propostas para fundos, lançada no passado mês de Junho. As acções de
capacitação tiveram lugar nas províncias de Maputo, Manica, Tete, Nampula e
Niassa e tem como objectivo ajudar as organizações a melhorarem a qualidade dos
seus projectos.
A capacitação
incluia temas relevantes para a elaboração e gestão de projectos, processos de
advocacia e funcionamento do Estado. Os temas da formação incluiam as
ferramentas de identificação e selecção dos problemas, tendo como base o
diagrama da árvore de problemas e soluções, as ferramentas de monitoria e
avaliação, que incluem o estudo de base e a análise política e económica, teoria
de mudança e quadro lógico. As organizações abordaram também estratégias e
plano de advocacia, normas de funcionamento do Estado, matriz de risco e matriz
de alinhamento, influência e interesse, e uma introdução para a elaboração do
orçamento, bem como estratégias de sustentabilidade para as organizações da
sociedade civil.
As organizações
capacitadas vão actuar nas áreas de saúde, água e saneamento, inovação e na
Monitoria e advocacia em prol da melhoria da qualidade das infra-estruturas
públicas. As propostas para a área de inovação incluem a criação e consolidação
de novas formas, ferramentas e canais tecnológicos de monitoria e advocacia em
relação ao acesso e qualidade dos serviços públicos.
As organizações que
participaram da capacitação julgam que a formação foi útil e vai ajudar no
processo de elaboração dos seus projectos finais. Referiram ainda que a nova
abordagem da Fundação MASC de incentivar o trabalho em consórcios vai
contribuir para criar sinergias com resultados concretos que resultarão da
actuação conjunta.
A seguir
apresentamos algumas das reacções das organizações da sociedade civil que
participaram da capacitação:
Silveiro Mahia (ASSODELI): “Foi muito boa a formação. Este contacto com o parceiro para nos capacitar antes da aprovação final do projecto foi muito bom”.
Lucas André (Associação Terra amiga): “Foi uma boa lição e vai facilitar a interpretação do trabalho no terreno”.
João Pedro (ADBG): “A fusão que o MASC proporcionou com a estratégia de trabalho em consórcios é muito boa. Nós as OSCs temos tido dificuldades para liderar processos em rede. Aqui pudemos ver que é possivel unir esforços entre organizações e trabalhar em conjunto”.
Jaime Manuel Pinto (Rádio Comunitária Quelimane FM): “Quando desenhamos o projecto não conseguimos satisfazer as exigências, mas a Fundação MASC conseguiu ver nosso potencial e destinou-nos uma capacitação para fechar as lacunas do nosso projecto. Agora estamos munidos de conhecimentos sólidos para avançarmos com projectos mais consolidados”.
Amilton Renesto Souzinho (Tiwassamale Atenda/RAmbog): “Inicialmente pensávamos que seria uma formação teórica como muitas que já recebemos, mas depois percebemos que é o conhecimento que tanto procuramos para melhorar as vidas das nossas OCBs”.
Maria Cussaia (RAMBOG): “Mais uma vez o MASC nos surpreendeu. Todo conhecimento que temos até hoje sobre monitoria e advocacia da governação, obtivemos a partir do MASC. Esta última formação veio trazer ferramentas que necessitávamos para dar andamento aos conhecimentos inicialmente adquiridos”.
João Puzuado (Kubecera): “Não percebíamos porque razão nunca eramos aprovados em várias chamadas de propostas. Hoje descobrimos que não sabemos desenhar propostas, nem problemas conseguimos identificar. Mas com esta capacitação, descobrimos a nossa maior fragilidade e acreditamos que as próximas propostas serão elaboradas com lógica.”
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